sexta-feira, 4 de junho de 2010

À Deriva

A Neomondo é uma revista que traz informações sobre o meio ambiente, tentando mostrar a realidade para conscientizar a população.


Foto: Reprodução.
Numa edição da revista, li um texto sobre o destino impróprio do lixo e a invenção do século XX que se tornou um dos principais vilões do século XXI, o plástico.

A revista divulga um estudo feito em 2008 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), das cerca de 150 mil toneladas de lixo doméstico que são coletadas por dia, 45,1% (67 mil toneladas) têm destino impróprio - aterros com problemas, lixões a céu aberto, entre outros. Para piorar a situação, mais de 20 mil toneladas/dia de lixo doméstico não são coletadas e acabam sendo queimadas ou jogadas em terrenos baldios e rios, que acabam virando um depósito a céu aberto, onde todo tipo de sujeira é descartada.



Fotos: Reprodução.

Cerca de 85% deste lixo é plástico que flutua ao sabor das marés e vai se desintegrando em minúsculas partículas com o tempo. A pior parte é que esses pedacinhos de plástico levam centenas de anos para se decompor - até lá, já se misturaram à água e levaram centenas de animais à morte por sufocamento ou bloqueio das vias digestivas. Além disso podem conter resíduos tóxicos que causem alterações genéticas como queda de fertilidade e mutações, como o nascimento de tumores e outros membros. O lixo maior que fica boiando funciona como armadilhas que enroscam e prendem animais e indicam apenas superficialmente, como um iceberg, a extensão do que já foi poluído.

Enquanto alternativas são pesquisadas e novidades como o plástico solúvel em água não se tornam financeiramente viáveis, é melhor prevenir do que remediar. Para isso a Neomondo sugere o uso de materiais alternativos, diminuindo a utilização de produtos plásticos descartáveis e aumentar a reciclagem e o reúso de materiais sempre que possível, pois são ações simples que, juntas, diminuem o fluxo ilimitado do grande vilão do início do século.

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