Foto: Reprodução
Nos dias que correm a tecnologia atingiu um nível tal que permite aos designers e projectistas idealizarem as propostas mais loucas, pois estas terão grandes probabilidades de serem construídas e produzidas. Mas se isso não for possível, a mesma tecnologia dispõe de meios para, ao menos, produzir um modelo virtual 3D. No caso dos automóveis, os designers têm sabido tirar partido da tecnologia para nos brindar com alguns exercícios conceptuais fabulosamente radicais que nos lembram que, afinal, as linhas dos seus modelos não são todas iguais.
E o que tem de especial este veículo conceitual para ser tão inovador? Essencialmente o fato de apenas ter uma roda. Ou melhor dizendo: o veículo é a própria roda. Consiste num tambor oco onde se podem acomodar confortavelmente dois passageiros que no exterior possui três anéis que correspondem aos pneus convencionais. O anel do meio tem um diâmetro ligeiramente maior, o que faz com que nas curvas o veículo se incline como uma moto e assente os anéis laterias no chão. Em linha reta um giroscópio assegura a verticalidade e a estabilidade.
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O mesmo dispositivo garante que o movimento dos anéis, gerado por um motor elétrico, seja independente da posição do tambor. Um pormenor interessante é que a condução pode ser feita indiscriminadamente por qualquer dos ocupantes. Para isso existem dois volantes e sempre que um deles é utilizado o outro bloqueia automaticamente. Eis uma característica que poderia ser apreciada em viagens longas, apesar do veículo estar vocacionado para uma utilização predominantemente urbana.
A ideia surgiu da prancheta do designer iraniano Mohammad Ghezel, já distinguido no seu país em duas competições de design automóvel, que agora começa a ser conhecido internacionalmente. Registe-se o fato curioso de as propostas mais inovadoras no campo do automóvel começarem a surgir não no seio das sociedades ocidentais, mas em locais mais remotos e improváveis, como a Índia ou, neste caso o Irão. Isto parece provar que tudo está por reinventar se as coisas forem olhadas por uma perspectiva menos convencional. Ghezel acha que o seu conceito tem lacunas e necessita de aperfeiçoamento mas acredita que, com o estado atual da tecnologia, pode perfeitamente ser produzido. Esperemos que esse desejo se concretize.
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