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Foto: Reprodução. |
Com menos peças conceituais e mais pé no chão, a edição que marca os 50 anos do Salão Internacional do Móvel de Milão mostrou que a indústria moveleira e os designers estrelados resolveram voltar-se mais ao consumidor comum, que, já acostumado com uma estética mais elaborada, quer ter peças com bom design, mas que não o obrigue a ter uma casa-galeria.
Sofás, mesas e cadeiras chegam em peso com linhas simples, limpas e elegantes, nas quais o acabamento e a escolha dos materiais se ressaltam.
Peças que chamam para um descanso aconchegante – ainda que muitas vezes fique apenas na promessa, com a larga utilização do policarbonato moldado como um macio matelassê, como no clássico banco Belle Étoile, de Andrée Putman, na versão Serralunga – com grande apelo ao trabalho artesanal, que aparece em versão pós-moderna com a substituição de materiais rústicos e naturais (linha, lã, algodão), por fios de polietileno.
A troca não deixa de esmaecer um pouco a memória afetiva que o visual da peça traz, mas também agrega maior durabilidade e a possibilidade de utilização em áreas externas. Nesse caso, pontos para a chaise Big Knit, de Patrícia Urquiola, para a Moroso.
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Poltrona Grinza, dos irmãos Campana para Edra. |
Imperfeições cuidadosamente trabalhadas para dar um ar de usado e “amigável” também marcaram forte presença. Destaque para o trabalho dos brasileiros Campana (com a poltrona em couro Grinza para a Edra) e para as poltronas Chubby (Moroso para a grife Diesel) e Spook, do designer alemão Ikos para a Bla Stations, feita em feltro moldado – material que também reapareceu em cadeiras e sofás de diversas marcas.
A tentativa de trazer a natureza para dentro de casa não se limitou à utilização de materiais como madeira e algodão e serviu de inspiração para peças delicadas e muitas vezes divertidas, como a luminária Sky, da Skitch, o armário Paesaggi Italiana, de Massimo Morozzi e Francesco Binfaré, para a Edra, e a mesa Oyster, de Mario Bellini para a Kartell.
Levar alegria e cor para a casa foi outro tema bem trabalhado - como no Robox, de Fabio Novembre para Casamania -, em contraponto com a suavidade e leveza visual de peças marcadas pelo elegante trabalho com o vazio a partir de estruturas mínimas – a ver o sofá Clubland, de Peter Emrys-Robets para a Driade.
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Armário da linha Paesaggi Italiana, feito por Francesco Binfarè e Massimo Morozzi para a Edra. Folhas de madeira tratadas |
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Cadeira Spook, em feltro moldado, do alemão Iskos para a Bla Station. |
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Feita com resina plástica injetada, a Impossible Chair surpreende. Criação de Doshi Levien para Morosos. |
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Poltrona Lou Read, uma brincadeira em moldura de resina de vidro e couro de Philippe Starck para a Driade. |
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Poltrona Grinza, dos irmãos Campana para Edra. |
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Moon chair: mais uma peça com traços simples e impactante do designer Tokujin Yoshioka, para a Moroso. |
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Outro sucesso de 2010, a poltrona Comback, de Patricia Urquiola, ganha diferentes cores e pés. Detalhe para o pé de madeira, inédito na Kartell. |
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Chaise Big Knit, de Patricia Urquiola para a Moroso. |
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Artesanato em escala industrial no conjunto Buttondown, de Edward Van Viliet, para Moroso. |
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Diversão na floreira em forma de pimenta Good Luck, de Simone Micheli para a Casamania. |
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A delicadeza e simplicidade da luminária Taj, de Ferrucio Laviani para a Kartel. |
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Cadeiras e mesas unidas em uma só peça na Super Babel, de Marcel Wanders para XO. |
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Poltrona Pavoreal, de Patricia Urquiola para a Driade. |
Fotos: Reprodução.
Fonte / autor:
IG
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