quarta-feira, 25 de maio de 2011

A artista afro-americana Chanel Compton desenvolverá pintura de mural em Salvador

Foto: Divulgação
No final do mês, Chanel Compton, muralista afro-americana vinculada ao famoso Smithsonian (importante instituto que mantém um complexo de museus de arte e centros de pesquisa nos EUA), estará em Salvador a convite do Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro e da ACBEU, onde ministrará um workshop sobre a técnica de mural painting (muralismo ou pinturas em murais) e, simultaneamente, desenvolverá um painel comemorativo numa parede externa da ACBEU, no Corredor da Vitória. A artista ministrará o workshop nos dias 29, 30 e 31 para jovens alunos do ACCESS (projeto de inclusão educacional que garante curso de inglês para alunos de escolas públicas) e em conjunto com os estudantes desenvolverá a pintura do mural. Na quarta-feira, dia 1º de junho, às 11 horas, haverá o lançamento do painel com a presença do Cônsul dos EUA para Imprensa, Educação e Cultura, Mark A. Pannell. A ação integra as comemorações pelos 70 anos da ACBEU.

O workshop será desenvolvido dentro de um projeto de intercâmbio educativo-cultural que Chanel Compton iniciou em Washington. O projeto é chamado “Our Africa Murals”, ou seja, murais inspirados pela conexão africana com o Brasil e os EUA. Estudantes de Washington começaram uma pintura numa tela de grande dimensão a ser completada por estudantes no Brasil.  O tema do mural é relacionado aos “freedom fighters” do Brasil e dos EUA, ou seja, os abolicionistas, pessoas que lutaram contra a escravidão e a opressão.  A tela, quando completada, será transportada de volta aos EUA e exposta em escolas públicas na cidade de Washington, DC.  Os participantes norte-americanos também desenvolveram camisetas com imagens em silkscreen e bandanas do projeto “Our Africa Murals” para os estudantes brasileiros.


Sobre Chanel Compton

Chanel Compton é artista plástica, educadora e curadora residente em Washington, DC.  Desde 2009, coordena o Studio Africa Program do Smithsonian National Museum of African Art, onde desenvolve programas regulares em arte-educação, como workshops e performances, e promove projetos para integrar o museu com escolas e instituições comunitárias, dentre os quais destaca-se o “Community Day: Africa Live”, que atraiu mais de trezentos membros de comunidades para participar de onze atividades multi-disciplinares no museu.  É também diretora do Programa de Educação Artística da Perry School (desde 2010), através do qual planeja atividades fora do horário letivo para grupos de até vinte alunos durante quatro dias semanais, coordena a exposição de fim-de-ano da escola em galerias de arte em Washington, e contrata artistas locais como convidados.     

Por acreditar que encorajar a expressão artística melhora a qualidade de vida e o bem-estar das comunidades urbanas, Chanel Compton vem se destacando como pintora de murais em áreas públicas nos Estados Unidos e no exterior.  Projetos recentes incluem um mural de grandes dimensões (cerca de nove metros de altura) no bairro residencial de Capitol Hill, intitulado “Souza’s New Marching Band”, além de uma colaboração com a equipe de produção do programa de televisão Extreme Makeover, da American Broadcasting Company (ABC), que resultou num mural para a The Fishing School.

Chanel Compton possui um sólido comprometimento com a arte compreendida como veículo para promover a inclusão.  Em 2009, recebeu um financiamento da DC Commission on the Arts and Humanities para desenvolver no Arch Training Center o projeto “Imagine and Create Workshop”, através do qual levou a arte-educação para trinta jovens que aguardavam julgamento criminal.     

A jovem artista iniciou sua carreira como curadora assistente do The Studio Museum, no Harlem, Nova York (2004).  Foi posteriormente convidada a dirigir o programa de verão do Centro de Meditação Budista Samadhi, na cidade de Tupadly, República Checa (2007).  De volta aos EUA, foi coordenadora do programa de arte-educação da escola de ensino fundamental Abrakadoodle e curadora assistente da Transformer Gallery, ambas em Washington, DC (2007-08).  Foi também curadora da exposição coletiva de jovens artistas “Critical Exposure Presents: Picture Equality” (2009), dirigiu projetos colaborativos em pintura de mural envolvendo grupos com entre vinte a trinta artistas, dentre os quais destacam-se “Breaking Wave: Outdoor Art Space” e “Murals to Zora”, ambos datados de 2009, e desenvolveu projetos especiais de curadoria para instituições como Critical Exposure e The Pink Line Project. 

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